Não tão rápido, cara pálida!
Eu estava no chão, o que era bom, muito bom. Havia conseguido descer da árvore, legal. Mas e agora? Eu precisava voltar à minha forma humana. Sim, ter me transfigurado em cobra tinha sido super útil, mas agora eu queria meu velho corpo de volta.
“Não é assim que funciona”, disse uma voz dentro da minha cabeça. “Você vai ter de esperar”.
Enfiei-me num buraco, ao pé da árvore e esperei. Era como uma aula de yoga. A maneira como eu me movimentava era totalmente antinatural, mas não chegava a ser incômodo. Com um pouco de boa vontade eu conseguiria me acostumar a ser uma tripa, sem meus velhos membros. O bom mesmo seria encontrar uma posição confortável, fechar os olhos e tentar não pirar na batatinha. Eu estava sob o efeito de magia pesada e não havia nadinha que pudesse fazer a respeito. Minha intuição dizia que eu devia poupar energia, não desperdiçar. Aliás, gradualmente o racional foi dando lugar ao instinto, ao ponto em que simplesmente parei de pensar. Apenas observava o ambiente à minha volta, sem tirar conclusões. Minha mente era silêncio e tranquilidade.
2 comentários
Amooooooo!
E… Voltei mi amoriii!
Até mais!
Bkokas
Oi, Rafael. Estava mesmo estranhando o seu sumiço! Bem-vindo