Perdendo perninhas, a série
Em 2006 lancei o livro “Perdendo perninhas”, pela editora Hedra. Lembro direitinho. Eu estava em Parati, na Flip, tomando um café, esperando o início de uma palestra, quando Philippe Barcinski veio conversar comigo, dizendo que um dia ele iria adaptar meu livro para o audiovisual. “Vai demorar”, ele disse. “Mas um dia eu vou fazer”.
Nunca esqueci essa promessa, e nem ele. Agora, 11 anos depois, damos início ao processo de adaptação. Sim, demorou, conforme ele havia alertado. No entanto, dou graças a Deus que tenha sido assim. Se fosse antes, eu não estaria preparada. Não teria experiência suficiente. E nem seria um bom momento, mercadologicamente falando. Agora temos a equipe perfeita, os recursos e experiência de sobra para encarar o desafio. A poeira baixou. Passamos esses anos todos matutando como seria. Começo o trabalho me sentindo confiante. Vou trabalhar com duas parceiras nas quais confio cegamente. Keka Reis e Fabiana Barcinski, com a direção do Philippe. E um estagiário de 20 anos que é daquelas almas antigas em corpo jovem, que é o Mateus Jun.
Estou relendo o livro que eu mesma escrevi, voltando no tempo, para poder seguir em frente. É tão gostoso essa sensação de início de criação. Muitas ideias borbulhando na cabeça, as pontas dos dedos eletrizadas para botar a mão na massa. Voltando um pouco mais, vou me lembrando dos meus tempos de escola, na antiga quinta série, que é de onde eu extraí o embrião do livro. Lembro dos professores. Uma delas, a Edmea, virou leitora desse blog. Imagine?! Sinto meu passado tão vivo, tão fresquinho, que o próprio conceito de tempo cronológico cai por terra. Rapidinho consigo resgatar aquela “menininha frágil e tímida”, conforme as palavras da minha ex-professora, e coloca-la a meu serviço. Para quem me visse de fora, eu devia ser isso mesmo. Frágil e tímida. O que ninguém desconfiava é que por dentro, lá no fundo, eu já conseguia vislumbrar que no futuro tudo ia ficar bem. Estou aqui. Chove, eu escrevo, estou exatamente onde gostaria de estar, sentindo-me forte e preparada. A menininha frágil não precisa mais se preocupar.
11 comentários
Isso. Que lindo! <3
Grata!
Muito bom este livro, querida!
Foi pedido na turma do Rafael este ano, 6 do Osvaldo de Andrade.
Blog de novo!! Yeeee!
Oi, Marcia! Tudo bem? Nossa, ele já está no sexto ano! Legal saber que ele está estudando lá. Fiquei sabendo da adoção! Espero que ele curta o livro. bjo
Oi Índigo meu nome é Lara e estou no 6° ano na escola crescimento e São Luís . Minha professora de português( professora Cida ) me entregou o seu livro perdendo perninhas e eu estou amando esse livro. Bjs te adoro ?
Eba, Lara! Que ótimo. Fiquei feliz. beijo
Oi Indigo,
Poxa, por acaso, descobri que você reativou o blog!
Que legal!
Eu me inspiro muito em você! Adoro seu trabalho e seu estilo de vida!
Beijos,
Erica
Tenho 17 anos e li perdendo perninhas quando eu tinha 11, estou relendo agora pq amo a nostalgia, grata por poder vir a seu blog maravilhoso dizer isso <3
Que legal! Adorei saber da releitura.
Oi, Índigo!
Sei que o post é meio antigo, mas não pude deixar de comentar sobre o quanto eu amo esse livro e o quanto ele me marcou quando eu estava no 6º ano (atualmente estou no 9º).
Agora pouco eu estava relendo, e me bateu uma curiosidade de visitar seu blog. Fico feliz de saber que essa obra que eu amo está sendo adaptada para o audiovisual. Seria um sonho poder ver todo o seu humor sendo mostrado na tela do cinema!
Abraços de fã,
Lara
Oi, Lara. Tudo bem? Agradeço as palavras carinhosas. Obrigada mesmo. QUanto a mim, sigo aqui no trabalho de formiguinha. beijocas, Índigo