Virtudes na prática

O pacotinho da diligência contém várias outras tantas virtudes, como uma caixa de bombons sortidos. Voltando ao conceito de “terminar bem as coisas”, o desafio está nas pegadinhas embutidas nessa premissa. A primeira dela é que na maioria das vezes nós simplesmente não temos controle sobre a maneira como as coisas se dão. Hoje, por exemplo, estamos sem água. Ok, eu sou apenas mais uma entre inúmeros brasileiros sem água. Um incômodo que vai se tornando quase trivial, mas que impossibilita o funcionamento normal de uma casa. E daí, pronto, você já não tem mais controle sobre 90% das coisas que precisa fazer, entre elas dar descarga, para ficarmos no básico. Então eu pergunto, como é que posso “terminar bem as coisas” se não consigo nem dar descarga?

A resposta que encontrei, por enquanto, é que já que não é possível terminar as coisas como eu gostaria, estou tentando terminar da melhor maneira dentro das condições. Isso significa basicamente não ter chiliques histéricos ou perder o bom humor. Sendo que isso já é uma grande virtude, considerando que, além de tudo, hoje é sexta-feira 13 sem água.