Depois de “Pedaço de carne”… “Pedaço de fígado”
Hoje passo a palavra para Murilo Gracioto.
Murilo é membro daquela turma do sexto ano que se deparou com meu conto, “Pedaço de carne”, numa prova. Para quem não acompanhou a novela, a turma considerou o conto bastante nojento, entre outros adjetivos. Mas agora Murilo me mandou um conto que ele escreveu, inspirado no meu. O dele também é bem nojentinho, e eu adorei. Aí vai, para degustação geral:
PEDAÇO DE FÍGADO, por Murilo Gracioto
Por volta de 2007-2008 ,quando eu ainda tinha mais ou menos cinco anos, na minha escola de infância, na hora do almoço, comi várias coisas que minha mãe já havia feito em casa como: arroz, feijão, salada, e purê de batata. Mas havia uma coisa que eu nunca tinha provado: fígado.
Então, neste dia, tinha um pedaço de fígado no meu prato. Eu provei… e amei. Fígado era tão bom, mas tão bom que eu pedi para repetir. Mas não fiz só isso, olhei para os dois lados, vi que ninguém estava olhando, então peguei um ou dois e enfiei no bolso. Fiquei com eles até eu ir embora.
No carro, não disse nada a ninguém. Parecia que o fígado estava falando: “me coma, me coma, agora!!”. Não resisti aquela vozinha insistindo em minha cabeça , mas não sabia como comer sem ninguém ver. Talvez colocar a cabeça para fora da janela do carro, como se fosse um cachorro e comer, ou, abaixar a cabeça e comer no espaço entre o banco da frente e os meus pés e aí sim comer. Foi a decisão que eu tomei. Mantive em segredo até hoje.
2 comentários
EBAAAAA! Rsrsrsrsrs… Isso realmente aconteceu comigo! Adorei vc, Índigo, tenha publicado meu texto!
Obrigado!
Oi, Murilo! E eu adorei o texto. bjo