Olá, Roberta
Grata por sua carta. Nela, você toca num ponto interessante. Você diz que foi uma carta da vida real. Suponho que esse “vida real”, seja em contraposição à vida da escola, que é real, e ao mesmo tempo não muito. Conheço essa sensação. Para mim também foi um movimento de conhecer um mundo diferente do meu. Sair um pouco da caixinha e fazer algo que eu nunca tinha feito antes, e nem sabia direito como fazer.
Por aqui, vivo muito mais no mundo do faz de conta do que no mundo real. Trabalho com ficção e fantasia, inventando histórias, personagens e enredos. Então, sim, acho importante fazer essas incursões no mundo real, sempre que possível.
Ao mesmo tempo, vou confessar uma coisa: existem dias em que acho o mundo real tão cruel que não tenho o menor pudor em abrir um livro e mergulhar de cabeça no mundo da ficção, onde me sinto em casa, segura, em boa companhia e feliz. Pra mim, os livros são um delicioso refúgio para onde posso fugir.
Até breve,
Beijo, Índigo
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