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18 de dezembro de 2012
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Estou na Boca

 Hoje cedo saí de Rio Branco rumo a Boca do Acre. Se você olhar no mapa verá que eu atravessei um longo trecho do que, na nossa cabeça, seria floresta amazônica. Não mais. Grande parte já virou pasto. Nunca vi tanto gado na minha vida. Um gado lindo, muito bem tratado, mas gado mesmo assim. E lá ao fundo, a floresta. Mais ao fundo um céu cor de chumbo. Foram quatro horas de viagem num táxi que dividi com mais duas pessoas. Uma mulher, moradora de Rio Branco, que precisava ir resolver uma questão burocrática numa agência bancária e, no banco do carona, um negociante. Ouvindo sua conversa com o motorista as coisas começaram a fazer sentido. Ele mesmo já comprou terra para fazer pasto. A primeira, uma fazenda de 200 hectares por R$ 30 mil. A segunda, de 100 hectares por R$12 mil. Primeiramente achei que tinha ouvido errado, mas era isso mesmo.

Ouvindo a conversa dos três você pensaria que estávamos na época do Vô João.
“Por isso que o governo prefere deixar a terra com os brasileiros. Nós investimos, os índios não fazem nada com a terra”.
Antes fosse, pois lá pelas tantas, até no meio da reserva indígena começaram a pipocar trechos de pasto e mata queimada. O negociante não se conteve. Coçou o queixo:
“Isso aqui que é reserva indígena?”

 Da mata exuberante que vô João descreveu nos seus diários eu não vi quase nada. Apenas num momento, uma árvore com o tronco tão vermelho que parecia ter sido pintado com tinta spray.

Chama atenção a divisa Acre – Amazônia. É escancarado. Acaba o asfalto e começa uma lamaceira digna de Paris-Dakar. Bastou atravessarmos a fronteira para que, como num passe de mágica, começasse a chover torrencialmente. Aí sim, a paisagem começou a corresponder com o que eu tinha em mente.

Para completar a minha imagem pré-concebida ainda falta o calor esturricante e manadas de mosquitos me atacando. Até agora, nem um nem outro. O tempo está ameno e não vi nem sinal de mosquito. Mas acho que ainda é um pouco cedo para comemorar.

Sobre Boca do Acre: Seria exagero dizer que a cidade é charmosa, mas tomada por um espírito Poliana, encontrei algumas casas primam pelas inusitadas combinações de cor.


 
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2 comentários

  1. Avatar
    João Bosco

    Pô que legal, India, ooops,Indigo rsrsrsrsrs complexo B é bom pra espantar mosquito, aproveite, descanse e um big beijo

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