Quase lá
Viajo hoje à noite. Já estou de malas prontas, apenas esperando dar o horário para ir para o aeroporto. Enquanto não chego lá, e vejo com meus próprios olhos, seguimos com o relato do vô João…
Levantei-me às 10 para as 6hs. Teresa um pouco mais tarde. A Niterói, nesse momento, navegava em direção Sul, embora sua direção geral fosse o Norte. Tratava-se de curvas do rio, às vezes bem fechadas. Fiquei ao lado, sentei-me no banco, rezando. Por nossa vista passavam aquelas maravilhas sem fim! Cenas encantadoras… Neblina alva e rara subia da floresta. Do rio às vezes também. Uma canoa de pescar. A espôsa rema, enquanto o esposo, de pé, lança a tarrafa para apanhar os peixes que irão alimentá-los, mantendo-lhes a vida… Banheiros flutuantes… A Niterói sempre parando longamente para pegar lenha miúda, ora à margem direita, ora na margem esquerda. Um alagado, à margem direita. Numa dessas paradas, às 8:10, no Seringal Vitória, vieram várias mulheres, mocinhas e meninas e meninos à bordo. Conversaram muito conosco. Falavam bem e não eram atrasados. Estavam bem vestidos. Por essas regiões, principalmente em Bôca do Acre, fala-se com muita rapidez. Geralmente são proprietárias com seus esposos, filhos, etc. Os homens poucas vêzes vêm conversar, pois estão ocupados com o serviço de lenha, em terra ou a bordo.