A Idade do Bronze
Então veio a Idade do Bronze, e as índoles adquiriram um caráter agressivo, rápidas para se armar, mas ainda não inteiramente más. E por último sucedeu-se a essa a Idade do Ferro, cuja marca foi a liberação de todo o mal. Modéstia e verdade e retidão foram banidas da terra, e em seu lugar instalou-se a trapaça e a dissimulação, conspirando, fraudando, violência e o maldito desejo de possuir.
O homem abriu suas velas a ventos desconhecidos dos navegantes. Os pinheiros foram cortados das encostas das montanhas, por puro divertimento. E serviram para construir embarcações que transpuseram águas profundas. E o solo – livre em outros tempos, para quem quer que fosse, como o ar ou a luz do sol – foi demarcado.
Com isso começa a onda da propriedade privada, negociações, desmatamento, o pacote completo. O post de amanhã segue nessa mesma pegada. A coisa fica ainda pior. Fica horrível, na verdade. Tão horrível que os deuses decidem interferir, e aí começa a parte boa da história.