Ainda em Rio Branco
Nas páginas seguintes vô João descreve um complicado processo de tentar pegar o tal caminhão que iria de Rio Branco à Boca do Acre. É uma história bem rocambolesca, então resolvi pinçar dois trechos, para dar uma ideia geral:
As ribanceiras do rio são muito elevadas, especialmente quando o regime de águas é normal (sêca ou no natural). Aí tomamos a lancha a remo, uma canoa grande e larga, de nome Expresso Jacamimi. Às 9:10 chegamos ao outro lado. Aí tivemos de subir, o que foi ainda pior que descer a outra ribanceira. Eram 9:10 e julgamos por isso haver perdido o caminhão 15-57. Deixei Teresa num determinado ponto e fui correndo ver se o 15-57 teria partido mesmo.
Não havia partido, porém o motor do caminhão tinha quebrado.
Às 14h, nada de Iram (motorista do caminhão). Aí o tempo fechou e começou a chover forte. Escureceu um pouco. Então, lá pelas 14:30, resolvemos não ir mais. Agimos acertadamente. O caminhão gastava entre 3 e 5 horas, ou até mais, para chegar à Boca do Acre. O tempo estava escurecendo, o que nos impediria de ver as paisagens ao atravessar a floresta. Ainda, o caminhão poderia ficar atolado na estrada, cujo estado de conservação era dos piores. Tem mais: perigo de salteadores assassinos para nos roubar.