Boliche e cartas
Lendo “Contos maravilhosos infantis e domésticos”, organizados pelos irmãos Grimm, chego em “Bom jogo de boliche e de cartas”, que eu não conhecia. Compartilho a história com vocês. Com um sucinto comentário no final. Bom proveito!
Era uma vez um velho rei. Sua filha era a princesa mais linda do mundo. O rei precisava se ausentar durante três noites e buscava alguém que pudesse vigiar o castelo. Um jovem plebeu, muito pobrezinho, se candidatou. O rei disse que ele poderia levar algumas coisas para o castelo, mas nada vivo. O jovem então levou uma bancada, uma faca, um torno e fogo.
Na primeira noite ele acendeu o fogo. Tudo estava calmo, mas à meia-noite uma perna caiu pela chaminé. Depois outra, e mais outra, até somarem nove. Nove pernas. O jovem viu aquilo e teve uma ideia. Poderia usá-las para jogar boliche, no entanto ainda faltavam as bolas. Então duas cabeças caíram pela chaminé. O jovem pegou as cabeças e as arredondou no torno. Preparou o jogo de boliche. Mas então surgiram dois gatos pretos determinados a jogar cartas. Suas unhas eram muito longas e estragariam o baralho. Então o jovem colocou os gatos na bancada e zapt, matou os dois. No entanto, outros gatos e cachorros vieram. O jovem agarrou a faca e expulsou todos eles. À essa altura ele estava cansado e se deitou numa cama, que saiu girando freneticamente pelo castelo, como se estivesse possuída. No dia seguinte o rei apareceu e perguntou ao jovem como havia sido sua noite. Ele respondeu “Foi tranquilo. Uma já foi, agora só faltam duas.”
As duas noites seguintes foram bem parecidas, mas como o jovem já sabia como agir, não teve problemas e ganhou a mão da princesa em casamento.
Moral da história?
Mantenha a calma e utilize as ferramentas adequadas à cada situação.
1 comentário. Aleluia!
Oi
Não conhecia este conto e gostei de ler….vou buscar outros contos que ainda não li do Irmãos Grimm. Beleza a moral no término do conto.