Io, sim: Io.
Eu, pessoalmente, acho que se a história acabasse aí já estava de bom tamanho. Mas agora vem a prova derradeira de que, desde antes de Cristo as pessoas amam continuações. E se a temporada 2 for igualzinha a temporada 1, apenas com algumas leves modificações, melhor ainda.
Pois bem, passado um tempo, nos bosques de Tessália, Júpiter estava passeando quando avistou Io.
“Avistou quem?”, você pergunta.
Io. Esse era o nome da moça. Ela era muito moderna. Ela também era filha de um rio. E, assim como aconteceu com Apólo d Dafne, Júpter se apaixonou no ato. Ele jogou o chaveco mais velho do mundo. Vou reproduzir as palavras ipsis litteris:
“Ó donzela, digna do amor de Júpiter, capaz de fazer qualquer amante feliz na cama, venha para a sombra destas densas florestas (e apontou-as). Venha até aqui, o sol forte está queimando. Nenhum animal a ferirá, e eu irei com você. Com um deus ao seu lado, você caminhará em segurança na mais escura das florestas. Eu sou um deus, e tampouco uma divindade plebeia, mas aquele que possui o cetro do firmamento, aquele que arremessa trovões. Oh, não fuja de mim!”
Mas, claro, depois de uma dessas, Io já estava correndo feito doida, provavelmente gritando por socorro. Então o que Júpter faz? Ele cobriu a Terra com trevas e a capturou.
Nesse momento, Juno, esposa de Júpiter, olhou lá do alto e se perguntou:
“O que ele está aprontando? Cadê Júpiter? Aí tem coisa!”
Ela desceu à terra e foi atrás do marido. Júpiter, vendo a mulher se aproximando, transformou Io numa bezerra branca.
Paro por aqui. É muita coisa pra um dia só.