Meu encontro com a bruxa da floresta
Sua casa era surpreendentemente grande, considerando o diâmetro do tronco da castanheira. Também achei tudo muito bem arrumadinho, como a casa de uma vovó. Não havia divisões internas. Era tipo um loft, com um canto para a cozinha, outro para a cama, um sofá encostado numa parede e uma mesa quadrada no meio do ambiente. Também havia duas confortáveis poltronas e uma lareira. A bruxa tinha uma rica biblioteca, e eu fui bisbilhotar enquanto ela preparava um chá.
– Nossa, você tem todos meus livros!
– Claro, uai. Eu te acompanho desde o comecinho.
Fiquei constrangida. Eu nem me lembrava da sua existência. Pior, nunca me passou pela cabeça que ela pudesse existir de verdade. jurava que ela era coisa da minha imaginação. Para ser sincera, mesmo então eu estava tendo um pouco de dificuldade para acreditar.
– Mas como você conseguiu esses livros?
– Pelo Estante Virtual. Paguei baratinho.
– Você lê meu blog?
– Leio, mas nunca tive coragem de comentar.
– Eu tinha uma lembrança tão diferente de você.
Tinha mesmo. Eu me borrava de medo.
– Eu era meio diferente mesmo, mais malvada. Era outra época, né?
De repente me dei conta de que agora batíamos em idade, e isso mudava tudo. Senti que podíamos ser amigas.
4 comentários
índigo, está divinamente divido!Loouco pra ler mais e mais!Se o nosso país desse valor a nossos escritores,aposto que ele iria ser um lugar bem melhor!Eis um desabafo.
Bjs
Sim, tb acho quer seria um lugar melhor. Valeu! bjo
Índigo, muito boa a história desse encontro!
Escreve mais?
Um beijo,
Juliana.
Oi, Juliana!
Foi um encontro e tanto! Ok, conto um pouco mais.