Mundos subterrâneos
Seria injusto da minha parte dizer que Morgana me trancafiou no armário de vassouras. Havia o alçapão que dava acesso a uma imensa caverna, portanto em nenhum momento me senti claustrofóbica ou mesmo presa. Simplesmente descia as escadas de pedra e ia explorar regiões subterrâneas. Não conseguia parar de pensar na velha máxima de como a vida imita a arte. No ano passado, no meu antigo blog, eu havia escrito uma série de posts com temática fantástica, sobre uma feiticeira, e a história se desenfolava debaixo da terra. (A série ainda está no ar. Para ler, clique aqui).
Agora, lá estava eu, vivendo uma situação assustadoramente parecida. Eu me perguntava sobre a origem desse fascínio por mundos subterrâneos. Seria o meu lado negro se manifestando? Uma personalidade diabólica que ocultei a vida toda? Seria desejo de morte? Seria uma exploração do meu inconsciente? Um bom psicólogo ia deitar e rolar com o meu caso. Tudo que posso dizer é que o ambiente cavernoso me agradava, e eu enxergava a situação como uma oportunidade singular, que deveria ser aproveitada ao máximo. Algo muito interessante sairia dali. Bastava prestar atenção.