Plano de ação para 2014
Minha intenção é contar histórias sobre corpos que assumem diferentes formas.
Os deuses que promovem essas transformações me ajudarão (pelo menos, assim espero) com um longo poema que discorre sobre o início do mundo e se estende até os nossos dias.
As palavras acima não são minhas. São de Ovídio, o poeta latino que vivia em Roma. Jesus Cristo tinha oito anos de idade quando essas palavras foram escritas. E aqui estou eu, começando meu dois mil e catorze, disposta a voltar lááááááááááááá…. para a antiguidade e compartilhar com vocês “A Metamorfose” de Ovídio.
O livro pulou na minha mão, da estante de uma livraria, e me fisgou feito um anzol com uma minhoca suculenta na ponta. Fiquei tão encantada com o que encontrei nesse poema quilométrico que decidi trazê-lo para cá.
A ideia é reproduzir o Livro Um, de Metamorfoses, acrescentando meus pitacos, ou não.
Também tomei uma liberdade quanto ao formato. O texto original é um poema. Eu tenho dificuldades com poemas. Não é o meu gênero. Esse, no entanto, é quase um não-poema. A leitura flui com tanta facilidade que parece prosa. Então eu o adaptei para prosa, sem alterar nenhuma palavra. Atrevimento da minha parte? Acho que não. Algo me diz que o autor autorizaria a metamorfose.