Resposta para Daniel, de Porto Alegre
Olá, Daniel
Na sua carta você pergunta se eu gostaria de sair desse trabalho e ir para outro.
Nunca, jamais. Eu amo o meu trabalho. Eu não trocaria isso por nada. Enquanto eu tiver dedos, estarei escrevendo. Se algum dia dedos me faltarem, talvez eu grave num microfone, frase por frase. Mas tomara que a coisa não chegue a esse ponto. Gosto de ouvir o som dos batuques no teclado. Para ser bem sincera, escrever para mim é um ato quase orgânico. Acordo de manhã, tomo meu café e escrevo. Nem penso a respeito. Acho que se algum dia eu parar, terei um treco.
É uma vocação e um chamado.
Eu iria além, pois hoje estou inspirada. Eu diria que é minha missão de vida.
Mas voltando à sua pergunta, existem muitos outros trabalhos que me atraem, e que eu poderia executar em paralelo. São eles:
Babá de gato, babá de plantas, artista plástica (instalações e afins), apicultora, guia turística, jardineira, leitora de originais para editoras, scriptdoctor, roteirista, vidente e tradutora.