S.O.S
A árvore tinha uns vinte metros de altura ou mais. Empoleirada lá no último galho, eu olhava para baixo crente de que aquele seria meu fim. Esperei amanhecer. Com a luz do dia, piorou. Fiquei com vertigem. Tive de me agarrar ao tronco. Meu corpo não parava de tremer. Passei o dia todo paralisada. Só à noite, graças a exercícios de respiração, consegui relaxar um pouco. Bem aos poucos meus pensamentos foram clareando. Tudo bem, eu estava ferrada. Isto posto, o que eu podia fazer a respeito?
“Eu vou te ajudar”, disse Cobra Coral.
Olhei para o bracelete. Ainda era um bracelete.
“Feche os olhos.”
Fechei e senti o bracelete se dissolver. Em seguida, uma serpente subia pelo meu braço e ombro. Enrolou-se no meu pescoço e subiu pela minha nuca. Enrolou-se em torno da minha cabeça, feito uma coroa.
“Pronta?”, ela perguntou.
“Pronta!”