Travou na escrita? Aqui nós destravamos.
Algumas pessoas têm me procurado, dizendo que adoraram a ideia do movimento “Um carinho para Brumadinho”, e que gostariam de colaborar, enviando uma cartinha. Porém… travaram.
Sim, eu sei. Não é fácil. É bem complicado achar o que dizer para quem está vivendo a tragédia na pele. Eu mesma me perguntei mil vezes: o que a gente diz numa hora dessa? Bem, agora que recebi as primeiras colaborações e que eu mesma já elaborei a minha carta, posso compartilhar com vocês o que funciona.
1 – Comece a carta se apresentando. Onde você mora, quantos anos tem, o que faz da vida, e qualquer informação que você considere interessante compartilhar nesse contexto.
2 – Diga o que te motivou a escrever essa carta. O que você pensa sobre o que aconteceu em Brumadinho. O que você sentiu. Seja sincero. Seja objetivo. A força da sua carta está na honestidade das suas palavras.
3 – E por fim, a parte mais desafiadora. Tente encontrar uma mensagem de esperança, de alento, alguma palavrinha para levar um pouco de afeto para o destinatário da sua carta. Aqui também, é uma questão de estilo. O bacana, no final das contas, é que estamos formando uma corrente de solidariedade. Nós não estamos lá, mas falo por mim – cada vez que vejo uma destruição da natureza, vira uma questão pessoal. A violência, indiretamente, é contra mim, contra o meu País e o lugar onde eu vivo. Não o terreninho particular, mas contra o único planeta que eu tenho para viver.
2 comentários
Índigo. Aqui é o Alberto Ayala. Aquele rapaz que um dia conversou com a senhora. Pois é: tive que interromper o processo de publicação do meu livro. Um sonho que tenho há anos. Hoje aos 19 anos me vejo completamente necessitado de uma luz no fim do túnel. Não. Isso não é uma mensagem que visa fazê-la ter pena de mim. Longe disso. Acontece que eu gostaria que a senhora como figura literária e confiável me ajudasse a encontrar alguma editora séria. Talvez apenas me indicasse uma por e-mail ou respondendo mesmo aqui no seu BLOG. Só preciso de uma confiável indicação. Porque infelizmente existem muitas pessoas que usam má fé ou tratam a literatura de um modo triste. Sei que posso confiar nas suas palavras e desde já agradeço. De um leitor apaixonado por tramas interessantes.
Oi, ALberto. A resposta foi por email.