Voltando para a escola
Amanhã eu volto para a escola. Vamos iniciar a pesquisa de campo para a série “Perdendo perninhas”. Pretendemos conversar com os alunos que acabaram de ingressar no sexto ano, e os que já sobreviveram a ele.
Sexto ano foi um trauma na minha vida. 2017 é o ano para exorcizar essa questão.
Durante muitos, muitos anos, eu tive um pesadelo recorrente que compartilho aqui. Compartilhei essa histórias com a equipe que trabalha comigo na série, e você, como leitor frequente do blog, merece saber também. É constrangedor, mas vamos lá.
É um dia como outro qualquer. Estou no sítio, escrevendo, quando o carteiro chega. Corro para pegar minha correspondência e me deparo com um envelope do Ministério da Educação. É uma carta informando que minha “licença de escritora” foi suspensa porque identificaram um problema na minha formação acadêmica. O meu sexto ano foi invalidado. Para recuperar minha licença, preciso retornar ao Colégio Dom Barreto, em Campinas, e refazer o sexto ano. Fico furiosa, mas acabo me resignando e passo a viajar diariamente pra Campinas, onde volto a frequentar o sexto ano.
Eu, já adulta, sentada numa carteira de criança, numa sala cheia de crianças. E, o pior, é que apesar de tudo o que sei, ainda não consigo acompanhar as matérias escolares. Acordo assustada. Levo alguns minutos para me convencer de que não existe o menor risco de isso acontecer. O Ministério da Educação não pode ser tão organizado a esse ponto.
4 comentários
Oi Indigo,
Meu nome é AnaLetícia ,moro em São Luís do MA.Estou no sexto ano e tenho lido o livro Perdendo Perninhas .Em alguns momentos me identifico com a Ágata por também estar no sexto ano.A minha parte preferida do livro é quando Cintia queima Alexandra .Porque entre Cintia e Alexandra eu prefiro Cintia.Gostei muito do livro e espero que a série seja lançada em breve.
Olá, Ana Letícia. Super obrigada pelo retorno! Eu também adoro a Cíntia. Na série, ela terá um papel super importante. Acho que vc vai curtir. Beijinho, Índigo
nossa, o ginásio inteiro é trauma, na verdade….
hehehe. Concordo!